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Teresina registra aumento dos casos de coqueluche nos quatro primeiros meses de 2015

O aumento da coqueluche, que é uma doença respiratória altamente contagiosa, caracterizada pelo surgimento de tosse seca e prolongada, tem crescido no mundo todo. No Brasil, em 2014, nos seis primeiros meses do ano foram registrados 2.544 casos da doença. Em Teresina, no início de 2015 já foram registradas 25 notificações dessa enfermidade.

Em Teresina, de acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), somente nos quatro primeiros meses deste ano, 25 novos casos da coqueluche foram notificados. Cerca da metade da incidência ocorreu em crianças menores de um ano de idade – especialmente abaixo dos dois meses, idade em que ela recebe a primeira dose da vacina “Pentavalente”, que protege contra esta e outras doenças.

A diretora de vigilância em saúde, da FMS, Amariles Borba, esclarece que a imunização da coqueluche é administrada em três doses: aos dois, quatro e seis meses de vida da criança. “Pedimos aos pais que estejam atentos ao cartão de vacinação de seus filhos, para que eles recebam todas as doses das vacinas previstas no calendário e estejam protegidos”, alerta.

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Foto: Reprodução

O número apresentado pela FMS é maior se levarmos em consideração aos dados registrados em hospitais da rede privada. Segundo a gerente de enfermagem do Prontomed Infantil, Socorro Mesquita, somente nos quatro primeiros meses de 2015, sete pacientes deram entrada no hospital com suspeita da doença, sendo que apenas um caso foi confirmado até o momento.

Em 2014, ainda de acordo com Socorro Mesquita, 11 notificações de suspeita da doença foram registradas, durante todo o ano, apresentando apenas uma confirmação. Desta forma, se compararmos os dados é possível constatar que em 2015, já se registrou mais da metade dos casos, em menos de 120 dias.

O pediatra José Maurício Raulino, diretor clínico do Prontomed Infantil, esclarece que o aumento da doença no Brasil apresenta algumas motivações, sendo a principal ocasionada pelo Brasil há alguns anos atrás não ter alcançado as metas de vacinação estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

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“A vacina aplicada em pessoas de mais idade já perdeu sua eficácia, onde os idosos acabem sendo uma fonte de transmissão. As mais suscetíveis à doença geralmente são as crianças, principalmente as menores de um ano, que ainda não completaram o esquema vacinal”, ainda segundo o especialista nos últimos anos as crianças com menos de dois meses de nascidas têm sido as principais vítimas fatais da doença, por isso, o Ministério da Saúde, incluiu este ano a vacina DPTa (contra difteria, tétano e coqueluche) direcionada as gestantes, pois se contatou que os recém-nascidos tinham um risco aumentado de contrair a doença.

Contaminação

O Dr. Maurício explica como ocorre a proliferação da coqueluche. “A contaminação acontece através do contato direto entre as pessoas. Os principais sintomas são tosse, espirros e liberação de gotículas. Por isso, a lavagem das mãos, aerar o ambiente e estar em dia com o esquema vacinal são importantes. Além do aleitamento materno que também é essencial”.

Tratamento

A pneumonia, segundo o especialista é uma das complicações apresentada pelo agravamento da coqueluche. “A primeira medida ser a tomada para o tratamento é o isolamento respiratório, enquanto durar o período de transmissão da doença e através da ministração de antibióticos. Na maioria dos casos a internação não se faz necessária, sendo realizado apenas o tratamento domiciliar”, finaliza Dr. Maurício.

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