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PepsiCo é acusada de usar insumo ligado a câncer

O Center for Environmental Health (CEH), uma organização ativista americana, diz que a PepsiCo continua usando uma substância associada a câncer em ratos, mais de um ano após a empresa de bebidas ter anunciado estar reformulando o corante caramelo usado em seu principal refrigerante.

A Pepsi comprada em 10 Estados nos EUA, segundo o CEH, contém 4-metilimidazol (4-MEI), substância química relacionada a câncer em pulmões de roedores.


PepsiCo e Coca-Cola anunciaram em março de 2012 estar pedindo a fornecedores que mudassem a forma como produzem o ingrediente para reduzir o teor de 4-MEI. Isso ocorreu depois que a Califórnia divulgou que incluiria esse produto em uma lista de substâncias cancerígenas, o que obrigaria as empresas a colocar avisos em seus rótulos.


Os refrigerantes Pepsi e Coca-Cola comprados na Califórnia não contêm o produto químico, segundo o CEH. Nove das 10 amostras de Coca-Cola testadas em outros Estados acusaram pouca ou nenhuma presença de 4-MEI. \"Aplaudimos a Coca-Cola por tomar essa ação de proteção à saúde dos consumidores em todo o país\", disse Michael Green, diretor do CEH, mas \"O atraso da Pepsi é inexplicável.\"


A PepsiCo disse que os fornecedores estão empenhados em mudar o processo de produção e que completou a mudança na Califórnia. \"No restante dos EUA, a mudança estará concluída em fevereiro de 2014\". Acrescentou estar também implementando a mudança em todo o mundo.


A Coca-Cola informou ter mudado seu ingrediente na Califórnia e que está agora usando caramelo modificado em outros Estados. Fora dos EUA, a transição depende da oferta de \"suprimentos\" e de \"aspectos logísticos\".


O Center for Science in the Public Interest (CSPI), um outro grupo ativista, pediu que a Agência Fiscalizadora de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) interdite o uso de 4-MEI, argumentando que a coloração é cosmética e coloca a saúde dos consumidores em risco. Mas a indústria de refrigerantes diz que seus produtos são seguros.


A American Beverage Association disse que nenhuma agência fiscalizadora caracterizou o produto químico como um carcinogênico humano. A FDA disse que um consumidor teria de beber mais de 1 mil latas desses refrigerantes por dia para ser exposto à quantidade de 4-MEI vinculada ao câncer em roedores.

Fonte: Valor Econômico
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