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Estudante piauiense conquista medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Física

O estudante piauiense do 3º ano do ensino médio, Felipe Coimbra, mais uma vez é motivo de orgulho para o Estado: ele conquistou a medalha de bronze na 46ª Olimpíada Internacional de Física para Secundaristas (IPhO, na sigla em inglês), competição mais importante da área que reuniu estudantes de todo o mundo em Mumbai, na Índia, país escolhido para sediar as provas. Os alunos que participaram desta disputa foram selecionados entre mais de 200 mil estudantes de todo o Brasil.

Para chegar até a IPhO (International Physics Olympiad), Felipe passou por um longo processo seletivo, que começou com a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Física (OBF), conquistada em 2013.

 “Eu fiz 3 provas em uma primeira parte do processo durante 2014: duas específicas da seleção e a prova correspondente à última fase da OBF de 2014. Todas elas tiveram seu próprio peso e me classificaram para a etapa final da seleção, que ocorreu já em março desse ano. Essa última fase foi realizada em São Paulo no Instituto de Física da USP e constou de duas provas teóricas (escritas) e duas experimentais de alto nível. Dessa final, saíram as equipes para a IPhO(International Physics Olympiad) e OIbF(Olimpíada Iberoamericana de Física)”, explica.

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Felipe Coimbra entre os colegas de equipe. Todos são de escolas do Nordeste

Felipe, que também acumula medalhas em olimpíadas de Química e Matemática, diz que começou a se aprofundar na Física – sua disciplina favorita - em 2013, por conta das competições. “Eu estudo física pra valer desde 2013 e grande parte do meu estudo foi de minha responsabilidade, aproveitando que sempre fui muito autodidata. No entanto, eu também recebi várias dicas, provas passadas e livros com professores do Dom Barreto, especialmente após ter saído a notícia de minha classificação pra olimpíada. O apoio deles foi sem dúvida essencial para mim na reta final”, comenta.

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Felipe foi acompanhado pelo Professor Rawlinson Ibiapina


A IPhO acontece desde 1967, sempre em um país diferente. As provas aplicadas no evento foram planejadas a partir do programa geral, conhecido como Syllabus, aprovado pelo comitê internacional, que inclui conteúdos mais avançados do que os exigidos pelo Ministério da Educação (MEC) para o ensino médio. O objetivo da competição é reconhecer a crescente importância dos estudos da física nas áreas de ciência e tecnologia internacional.

Estudos

A aptidão de Felipe Coimbra para as ciências exatas foi apenas um dos fatores que o levou a esse resultado tão expressivo. Dedicação e disciplina foram fundamentais para a conquista, já que além da preparação para a competição, ele não podia deixar de fora as demais matérias escolares. 

“Como havia pouco tempo para estudar por fora, eu tinha que ter o maior rendimento possível administrando melhor o que possuía. Isso foi uma lição muito valiosa pra mim como estudante: é possível transformar 5h de estudo disperso em 1h de muita concentração e isso é muito lucrativo”, explica.

As dicas de Felipe Coimbra servem pra qualquer pessoa que deseja melhorar seu desempenho nos estudos, seja para provas da escola, vestibulares ou até mesmo na área acadêmica. “Basicamente eu usei muitos livros de curso superior variados e em especial MUITAS provas passadas. Isso é algo que eu recomendaria para todos que se preparam para provas seja de vestibular ou de doutorado: faça exames de edições passadas”, orienta.

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Projetos

O campeão internacional de Física já fez sua escolha profissional. Ele pretende ingressar no curso de Engenharia Eletrônica, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA. “Estou cada vez mais decidido a cursar Engenharia Eletrônica, especialmente no ITA. Não descarto, no entanto, a possibilidade de fazer Física, caso me desaponte com a engenharia. Nesse caso eu tenho preferência pela Universidade de São Paulo - USP.

Para os entusiastas das ciências exatas, assim como ele, o medalhista deixa um conselho. “Sigam a carreira de exatas sem medo de serem felizes. Nosso país precisa de mais engenheiros e cientistas”.

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