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O que comer na gravidez

Uma das primeiras providências das mulheres após a descoberta ou confirmação da gravidez costuma ser melhorar o cardápio em benefício da criança: de acordo com uma pesquisa realizada por CRESCER, 64% dizem ter tornado as refeições mais saudáveis e 6% começaram a comer menos para controlar o peso – lembrando sempre que mães que consomem muita gordura durante a gestação tendem a ter filhos com um padrão metabólico de acúmulo de calorias, sendo mais predispostos a doenças como obesidade e diabetes, conforme atesta um estudo conduzido pela Universidade de Yale (EUA).

Em geral, as brasileiras costumam controlar bem o peso. A maior parte das entrevistadas pela marca (39%) engordou de 11 a 15 quilos, valor recomendado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) para uma mulher que tinha peso adequado antes da gestação. Isso evita complicações como hipertensão e diabetes gestacional, que são nocivas não só à mãe como ao bebê. Entretanto, para 21% das grávidas, o ganho foi de 16 quilos ou mais.

“A minha alimentação mudou radicalmente na gestação, pois o corpo não pertencia somente a mim nesse período. Consumi muitas frutas, sucos naturais, verduras e legumes. Exclui fast food, comida gordurosa, sucos artificiais e bebidas alcoólicas”, conta a secretária executiva Mary Andreassa, 34 anos, mãe de Luigi, 3.

Além desses alimentos, a nutricionista Patrícia Cruz, da Abeso, aconselha a diminuir a quantidade de cafeína para 50 ml por dia e evitar ainda produtos ricos em sódio (que elevam a pressão arterial) e carnes e peixes crus, que podem estar contaminados e provocar doenças que afetam o bebê, como a toxoplasmose. “Para ajudar no controle do peso, é importante se alimentar a cada três horas e evitar tomar líquidos durante as refeições. Por conta dos hormônios da gestação, o intestino tende a ficar mais lento: vale comer frutas secas, laranja e mamão para que funcione melhor”, explica. O cálcio também merece destaque – como o bebê dispõe das reservas desse nutriente, é importante que a gestante reponha com, pelo menos, dois copos de leite ou de iogurte por dia, de preferência um de manhã e outro de noite, segundo recomenda o obstetra Fúlvio Basso Filho.

Força extra

A gestante também pode necessitar de complementos vitamínicos enquanto espera o bebê. Atualmente, no mercado, há diversas fórmulas completas, que devem ser receitadas pelo obstetra. Nosso levantamento mostrou que 47% das mães tomaram ferro e vitaminas, 33% ingeriram só vitaminas e 11%, apenas ferro. “Esses suplementos podem ser usados do terceiro mês até o pós-parto, pois o corpo da mãe os demanda em maior quantidade. Nem sempre, com a vida corrida que se leva, as mulheres conseguem repor, por meio da alimentação, tudo o que o organismo exige”, esclarece o médico.

Fonte: Crescer

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