A cada três segundos, uma pessoa no mundo é diagnosticada com um quadro de demência. Mais de 46,8 milhões de seres humanos sofrem desse mal atualmente, de acordo com um relatório divulgado terça-feira. Em 2050, o número deve passar de 131 milhões. O dado foi divulgado no Relatório Mundial de Alzheimer, publicado pela federação Alzheimer’s Disease International e a universidade King’s College London.
O levantamento também identificou que a quantidade de pessoas afetadasa vem aumentado rapidamente. Em 2009, eram 35 milhões de doentes. De acordo com a pesquisa, gasta-se, hoje, US$ 818 bilhões com tratamentos para esses pacientes. Em três anos, o valor pode chegar a US$ 1 trilhão.
Demência é um termo geral para síndromes degenerativas do cérebro que afetam as funções cognitivas. O mal de Alzheimer, por exemplo, é uma das causas mais comuns deste quadro, que não tem cura.
O relatório também observa que 58% de todas as pessoas com demência vivem em países em desenvolvimento. As estimativa aponta que, em 2050, 68% das pessoas com demência estarão concentradas em países de baixa e média renda, sendo metade na Ásia. Isso porque essas nações têm serviços de saúde limitados e as populações estão envelhecendo rapidamente.
Juntas, as Américas somam 9,4 milhões de casos em 2015. As estimativas para o futuro são de 15,8 milhões em 2030 e 29,9 milhões em 2050.
Os especialistas estimam que o custo do tratamento de demência pode saltar para US$ 1 trilhão em apenas três anos e, por isso, convocaram os governos a adotarem uma legislação capaz de garantir melhor tratamento às pessoas com a doença. Não há cura conhecida para a demência.
O relatório recomenda, inclusive, que o grupo G20 de nações coloque o assunto em pauta, com base nos compromissos assumidos pelo G7. Hoje, 80% das pessoas que vivem com demência estão em países do G20, sendo apenas 28% do G7.
Fonte: O Globo