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Segurança no parquinho

Esbaldar-se em um escorregador, gira-gira ou balanço. Além de diversão, esses brinquedos proporcionam o desenvolvimento de habilidades físicas e sociais, mas também escondem perigos que, à primeira vista, podem passar despercebidos.

De acordo com Sistema de Informações Hospitalares (SIH/Datasus), entre 1998 a 2012, 45 crianças morreram e 6218 foram internadas no Sistema Público de Saúde depois de sofrerem um acidente em um parquinho. Para descobrir as circunstâncias desses episódios, o Inmetro fez  um levantamento de 114 ocorrências do gênero em playgrounds de 32 creches e pré-escolas, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.

A pesquisa concluiu que, em 48% das vezes, a criança caiu de um brinquedo, 25% dos pequenos se machucaram quando estavam em movimento, em um balanço ou gangorra, por exemplo, 11,5% ficaram com o corpo preso, 6% se feriram em partes cortantes, 3,8% se chocaram com pontas perigosas, 3,8% colidiram com obstáculos e 1,9% fraturaram o braço em uma gangorra.

Para prevenir quedas, a ABNT recomenda que os pisos do parquinho sejam feitos de materiais amortecedores, que absorvam o impacto, como grama, areia fina ou borracha, nunca pedra e cimento. De acordo com o ortopedista Rene Abdalla, do Insituto do Joelho do Hospital do Coração (SP), é preciso ficar especialmente atento às crianças menores de 6 anos. “Verifique sempre se os brinquedos mais altos apresentam grades de proteção de pelo menos 1 metro altura”, ensina.

O estado de conservação dos brinquedos também deve ser observado, evitando aqueles que apresentem ferrugem ou farpas aparentes. Os cantos precisam ser arredondados e com acabamento liso.

Além disso, converse com seu filho sobre as maneiras seguras de brincar. Uma pesquisa de 2008, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), identificou os comportamentos de riscos mais comuns em playgrounds, por meio da análise de filmagens. Segundo Rita Oliveira, a autora do estudo, o escorregador é campeão, especialmente quando as crianças descem de bruços pela rampa, com o rosto voltado para o chão, o que pode provocar lesões sérias no pescoço e coluna.

Outras atitudes que devem ser desencorajadas pelos pais são sair do gira-gira quando ele estiver em movimento, passar por trás ou na frente de balanço em uso e ficar sentado no topo do trepa-trepa, sem se segurar e sem apoio para as costas.

Fonte: Crescer

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