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Deputados de Iowa aprovam lei permitindo que crianças usem armas

Deputados estaduais de Iowa, nos EUA, aprovaram nesta quinta-feira (25) lei que permite que crianças de todas as idades usem armas de fogo. Aprovada por 62 votos, com 32 votos contra, a lei permite que crianças com menos de 14 anos usem "uma pistola, um revólver ou munição" sob supervisão dos pais. A lei agora vai a votação pelos senadores do Estado. Atualmente, em Iowa, crianças já podem usar espingardas e armas de cano longo com supervisão dos pais, mas não pistolas ou revólveres. A nova lei mudaria isso, permitindo esse uso desde que os pais tenham pelo menos 21 anos de idade e mantenham "contato visual e verbal a todo momento com a pessoa supervisionada". Pela lei, crianças não poderiam adquirir armas de nenhum tipo sozinhas. 

"Elas estão eufóricas", comemorou News Nathan Gibson, de Iowa, sobre as filhas Meredith, 12, e Natalie, 10, na Foxnews.com. A medida tem o apoio da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), mas grupos de conscientização sobre o uso seguro de armas fizeram forte oposição a ela. 

"Não acho que crianças tenham o juízo necessário sobre o uso de armas e não têm idade suficiente para entender as consequências", disse o diretor-executivo da Iowans for Gun Safety, Jeremy Brigham à FoxNews.com. Parlamentares democratas também se opuseram à medida.

"O que essa lei faz é permitir que crianças de um, dois, três, quatro anos de idade usem armas", disse a deputada Kirstin Running-Marquardt à rádio KCCI Des Moines. "Não precisamos de uma milícia de bebês."

Em 2013, uma menina de 9 anos de idade matou seu instrutor de tiro por acidente ao manusear uma submetralhadora Uzi no Estado americano do Arizona. Ela participava de uma aula quando perdeu o controle da arma. Nathan Gibson rejeitou as críticas. "Um bom pai não vai pôr uma arma na mão de um bebê de 1, 2 ou 3 anos, e o pai que o fizer não vai prestar atenção às leis de todo modo", disse.

O presidente dos EUA, Barack Obama, colocou como uma de suas prioridades estabelecer algum tipo de controle de armas no país, diante da crescente ocorrência de tiroteios em massa. Em janeiro, Obama chorou ao anunciar  um programa para tentar reduzir o número de tragédias com armas de fogo no país.

Universidade do Texas autoriza armas de fogo em suas salas de aula

A partir do próximo período letivo, os estudantes da Universidade do Texas (UT), nos Estados Unidos, poderão levar armas para as salas de aula junto com seus computadores, livros e cadernos, anunciou nesta quarta-feira (18) o presidente da instituição após meses de controvérsia. "Não acredito que as armas pertençam à Universidade, tomar esta decisão foi o maior desafio da minha vida", afirmou o presidente da UT, Greg Fenves, que também anunciou que a medida não será aplicada nas repúblicas estudantis, nos eventos esportivos e nos laboratórios.

A norma, à qual Fenves e a maior parte da comunidade universitária se opõem, foi aprovada há alguns meses nas duas câmaras legislativas do Texas, que são controladas pelos republicanos, dentro de um pacote de medidas que também inclui o livre porte de armas nas vias públicas.

A Universidade do Texas, que conta com cerca de 50 mil estudantes e é uma das maiores e mais prestigiadas do país, é obrigada a implementar a norma, enquanto as instituições particulares podem escolher se irão fazê-lo ou não, e a maioria já rejeitou tal medida.

O reitor da Universidade, William McRaven, um ex-militar que comandou a operação que resultou na morte de Osama bin Laden, também se manifestou contra a lei. "As armas não têm lugar em uma instituição de ensino superior cuja missão investigativa e educativa se baseia no debate e na liberdade de expressão", disse McRaven.

O único Nobel que a UT tem em seu corpo docente, Steven Weinberg, laureado pela Academia Real de Ciências da Suécia com o prêmio de Física em 1979, já adiantou que proibirá a entrada de estudantes armados em suas aulas, por sua própria segurança e dos alunos. Assim como Weinberg, centenas de professores e milhares de estudantes se posicionaram contra essa norma.

Por outro lado, os partidários, grupos ativistas alheios à comunidade universitária, argumentam que a medida pode salvar vidas, já que um estudante armado poderia prevenir um massacre. Ironicamente, a nova legislação entrará em vigor no 50º aniversário do dia mais triste da história da Universidade do Texas: um massacre protagonizado por um estudante que deixou 14 mortos e mais de 30 feridos no campus de Austin.

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Enviada por JC

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