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Gravidez ao redor do mundo

A gravidez é um momento singular, cada mulher a vive de sua própria maneira. Mas até que ponto fatores como geografia e cultura podem interferir nessa experiência?

Diversos estudos analisaram uma infinidade de dados disponíveis de mais de 40 países e descobriram que a incidência de depressão pós-parto varia de 3% a 63%. A Malásia tem a menor taxa e o Paquistão, a maior. Nos Estados Unidos, esse número varia entre 10% e 15%. 

Embora mulheres de todos os lugares do mundo concordem que a falta de apoio social ou de um parceiro compromissado agrave com a sensação de tristeza, também há muitos fatores divergentes. O que é agradável para uma mãe pode ser prejudicial para outra.

Perda de peso

Em países onde magreza é sinônimo de beleza, como no Brasil, a luta para voltar à forma de antes da gravidez pode ser fonte de angústia. Já em Uganda, onde a perda de quilos e a escassez de alimentos são motivos de preocupação, engordar é algo bem-vindo para as mães.

A sogra

Mulheres de todos os países estudados identificaram a mãe do parceiro como fonte de conflito, exceto na Suécia. O atrito é mais evidente nos países asiáticos, onde há forte tradição de rituais pós-natais que podem ser impostos pela sogra.

Amamentação no seio

Em lugares como Irlanda, Estados Unidos e Brasil, onde prevalece a ideia de que “boas mães” oferecem o peito ao bebê, é frequente que mulheres fiquem bastante ansiosas, temendo não conseguir amamentar, o que tende a dificultar a prática. Já em Uganda e Botsuana, por exemplo, onde essa é a norma e não há questionamentos em relação a ela, as mães de primeira viagem não costumam considerar isso um problema; veem como um desdobramento esperado e “natural”.

Hormônios

Pode levar meses ou anos para o organismo feminino retornar aos níveis hormonais anteriores à gestação. Uma pesquisa mostrou que isso não é fonte de angústia para mães do Japão ou de Uganda, mas sim questão de tempo. Nos países ocidentais, porém, o desequilíbrio hormonal contribui para a tristeza.

Tratamento de depressão

Em um dos estudos, foi perguntado a mães dos quatro continentes o que poderia concorrer para aliviar sintomas do mal-estar emocional. Todas responderam que ter ajuda prática, apoio emocional e um confidente seriam de grande serventia. Somente nos Estados Unidos houve menção a antidepressivos.

Fonte: Mente e Cérebro

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