post image

Níveis de colesterol podem estar ligados a Alzheimer

Um estudo feito na Universidade de Kyushu, em Fukuoka, Japão, e publicado na revista Neurology, constatou que altos níveis de colesterol ruim no sangue podem estar associados ao aparecimento de Alzheimer.

Os pesquisadores usaram exames de sangue para dosagem de colesterol em 147 adultos japoneses, cerca de 10 a 15 anos antes de suas mortes. Cinquenta deles (ou 34%) tinham sido diagnosticados com demência. Após as mortes, foram analisadas mostras de tecido de seus cérebros na autópsia. 

Para medir as chances de o indivíduo ter Alzheimer ou não, os estudiosos analisaram a formação de placas beta-amiloide em seu cérebro. Beta-amiloide é uma proteína que entope o cérebro de pessoas que têm doença de Alzheimer. Embora os pesquisadores não tenham certeza de como a beta-amiloide está relacionada à perda de memória e outros sintomas de demência, uma teoria é de que as placas formadas entre as células nervosas podem danificar a rede de comunicação entre os neurônios.

Após a análise, foi concluído que aqueles que tinham níveis de colesterol total maiores que 224mg/dL, nos últimos anos de vida e antes de terem quaisquer sintomas da doença de Alzheimer, foram pelo menos sete vezes mais propensos a ter placas beta-amiloide em seus cérebros no momento em que eles morreram, em comparação com aqueles cujo colesterol estava abaixo de 173mg/dL. 

O colesterol ruim, ou LDL, quando estava acima de 155mg/dL, também foi fortemente associado à probabilidade de desenvolvimento de placas beta-amiloide, em comparação com pessoas cujo LDL foi menor do que 106mg/dL. 

Pessoas com altos níveis de LDL tiveram pelo menos oito vezes mais chances de apresentar características patológicas para a doença de Alzheimer. 

A relação com valores de colesterol permaneceram mesmo depois de os pesquisadores ajustarem a pesquisa e excluírem outros fatores que poderiam influencias o risco para a doença de Alzheimer, como idade, sexo açúcar, peso corporal, exercício aeróbico, pressão arterial, histórico de acidente vascular cerebral e níveis de insulina no sangue.

Esclarecemos seis dúvidas sobre a Doença de Alzheimer 

Entre os muitos causadores de demência, o Mal de Alzheimer se destaca, sendo uma doença popularmente conhecida. Algumas informações, como o diagnóstico complexo e o tratamento multidisciplinar que os pacientes exigem, muitas vezes, passam batidas. 

Confira, a seguir, seis questões que desvendam detalhes curiosos envolvidos no mal. Na lista abaixo, você descobre quais são os diferentes níveis da doença, como funciona o tratamento com a participação de animais e como descobrir se você é vítima da Doença de Alzheimer. 

1- O Mal de Alzheimer apresenta diferentes níveis? 

A Doença de Alzheimer se divide em três fases: inicial, intermediária e tardia, e tem progressão gradual. Na maioria dos casos, a fase inicial é a que mais apresenta variações de sintomas. 

2- Como é a abordagem do tratamento que envolve animais? 

Existem muitas referências à chamada pet therapy. Com ela, são notadas melhoras comportamentais em pacientes com Doença de Alzheimer. Vale lembrar, entretanto, que a terapia com animais parece ser benéfica para diversas outras condições, como crianças com deficiência mental, depressão e psicóticos. Portanto, a terapia não é tratamento exclusivo aos pacientes com demência. De uma forma geral, é importante que o paciente com DA seja estimulado a desenvolver atividades gratificantes do ponto de vista emocional, baseadas em suas preferências e convicções prévias à doença. 

3- Este tipo de tratamento é eficaz em todos os casos ou a indicação é variável?

As preferências pessoais dos pacientes devem ser levadas em conta para qualquer tipo de terapia de distração e sociabilização. 

4- O próprio paciente é capaz de reconhecer os primeiros sinais da doença ou check-ups regulares são fundamentais para isso? 

Geralmente, o paciente com Déficit ou Comprometimento Cognitivo Leve (DCL) nota suas deficiências de memória, mas, muitas vezes, é a família que o incentiva a procurar um médico. Já os pacientes com Doença de Alzheimer perdem o senso crítico sobre sua condição mental e, quase na totalidade dos casos, são levados ao médico por seus familiares.

É recomendado que o paciente com Doença de Alzheimer tenha um cuidador fixo, com quem estabeleça relações de respeito e amizade. O cuidador pode ser um familiar, ou não. Mas, é fundamental que seja habilitado a exercer estratégias de distração e exercícios para melhorar o comportamento do paciente. Mais um ponto importante a ser lembrado é que os problemas comportamentais da doença podem ser agravados por alterações no ambiente em que o paciente vive, como moradia ou internação hospitalar, ou ainda, por crises e conflitos familiares.

5- O mal pode ser identificado em um check-up comum ou a partir de determinada idade exames específicos são aconselháveis? 

Antes das manifestações iniciais da doença, não há exame capaz de detectar a doença. Além disso, mesmo com a DA instalada, o diagnóstico clínico é fundamental. Não são aconselhados exames específicos antes do início dos sintomas, nem mesmo testes genéticos. 

6- O Mal de Alzheimer acomete mais homens ou mulheres? 

A DA acomete mais as mulheres. Provavelmente isto reflete a maior longevidade do sexo feminino sobre o masculino, já que a incidência da doença aumenta com a idade.

Fonte: Minha Vida

Compartilhar

Permito o uso de cookies para: