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Os grandes avanços tecnológicos que vão mudar sua vida em 2017

Se você viu em um filme, é provável que se torne realidade em 2017. Como nas histórias de ficção científica, os telefones mais populares do ano novo serão (quase) completamente formados apenas por uma tela. Alguns de nós passaremos a usar computadores no rosto. E há grandes chances de que algum tipo de inteligência artificial (IA) tome decisões por nós. Sim, o teletransporte ainda está longe de virar realidade. Mesmo assim, as tecnologias de consumo reservadas para os próximos 12 meses são de impressionar qualquer um. A lista a seguir foi montada com base em conversas com profissionais da indústria, no monitoramento de tendências e, é claro, em consultas à nossa bola de cristal para identificar quais tecnologias causarão impacto no curto prazo.

Uma coisa que nos surpreendeu este ano é a crescente importância do software. Você não precisará necessariamente comprar um telefone, uma TV, um relógio ou uma caixa de som novos para ter acesso aos avanços da inteligência artificial. Eles virão na forma de atualizações e aplicativos, bem como em novos dispositivos reluzentes. Isso também tem sua desvantagem: Se você ainda não foi atacado por um hacker, as chances de virar uma vítima de uma invasão serão ainda maiores em 2017. E uma série de grandes empresas continuará a consolidar poder sobre o que você lê e assiste.

Vídeo móvel para todos

Quer queira ou não, você verá mais vídeos em seu smartphone no ano que vem. Facebook Live. Twitter Live. Instagram Live (e Histórias). Com novos recursos de “streaming” de vídeo, todas as principais redes sociais estão prometendo se transformar numa televisão portátil em seu bolso. Elas também estão ameaçando virar em breve o Snapchat, o serviço de mensagens com base em imagens no qual mais de 10 bilhões de vídeos são vistos todos os dias. Considerando que o vídeo é um grande consumidor de dados, as operadoras de celular oferecerão planos mais reforçados e incentivos para aumentar nossa capacidade de transmissão de dados. (Nos Estados Unidos, as operadoras T-Mobile e Sprint já adotaram de volta os planos ilimitados. Outras operadoras, incluindo a Verizon, começarão a testar redes 5G para um futuro sem fio ainda mais rápido.)

A volta do computador de rosto

Quatro anos após o fracasso do Google Glass, usar um computador em seus óculos já não é uma ideia tão distante. Há alguns meses, muitos consumidores passaram horas na fila para comprar um par de Snap Spectacles, os óculos de sol com câmera embutida fabricados pela controladora do Snapchat. E o sucesso do aplicativo Pokémon Go demonstrou a milhões de pessoas o potencial da tecnologia da realidade aumentada (RA), que sobrepõe informações digitais ao mundo real. Uma grande vantagem da RA sobre a realidade virtual é que ela é muito menos isolante.

Em 2017, veremos óculos que projetam imagens em nosso campo de visão, provavelmente uma nova versão do promissor dispositivo HoloLens, da Microsoft, o bastante aguardado Magic Leap, e possivelmente até algo produzido pela Apple.

Caixas de som inteligentes

O controle de voz fez grandes progressos em 2016, com as caixas de som Echo e Echo Dot levando a conveniência de conversar com a Alexa, a assistente digital da Amazon, a milhões de lares americanos. Prevemos uma invasão ainda maior dessa tecnologia em 2017. A caixa de som Sonos vai se integrar com a Alexa para que o usuário possa ter os benefícios da assistente de voz sem sacrificar a qualidade de áudio, e a GE e outros fabricantes de eletrônicos vão adicionar a Alexa a lavadoras, máquinas de lavar louça, entre outras coisas. Ao mesmo tempo, a assistente virtual Cortana, da Microsoft, vai aperfeiçoar uma das caixas de som da Harman Kardon, e o Google planeja melhorar sua própria caixa de som inteligente Home com serviços de terceiros.

Facebook tratará as notícias seriamente

O Facebook há muito tem evitado assumir suas responsabilidades como uma empresa de mídia. Mas o ciclo eleitoral de 2016 produziu críticas tanto da esquerda quanto da direita sobre como a rede social lidou com as notícias — reais e falsas. Com a chegada de 2017, o diretor-presidente Mark Zuckerberg vem fazendo promessas sobre novos esforços para classificar certas histórias como falsas, ferramentas para identificar informações erradas e alianças com grupos de verificação de fatos. A guerra do Facebook contra as “notícias falsas” poderia mudar a forma como a informação é consumida por centenas de milhões de pessoas e reduzir a amplificação da ignorância facilitada pelo Facebook.

Robôs na estrada

Este é o ano em que os robôs começam a tomar conta da direção dos carros. É difícil encontrar uma montadora — seja ela a Honda, a Hyundai ou a BMW — que não esteja oferecendo modelos 2017 com opções de assistência ao motorista, como frenagem automática para evitar colisões e direção automática para evitar mudanças inesperadas de pista. Esses recursos — juntamente com Wi-Fi, sistemas de navegação e inúmeros sensores — estão abrindo caminho para um futuro de direção conectada e sem motorista. Não é algo tão remoto quanto você imagina. Este ano, será possível até andar em um carro de direção totalmente autônoma. A Uber começou um programa-piloto em Pittsburgh pelo qual veículos Ford robotizados apanham passageiros do serviço de táxi por aplicativo. Mas não se preocupe, “motoristas” humanos estarão lá por garantia.

Um alerta sobre privacidade

Os crimes cibernéticos evoluíram em 2016, com o Yahoo anunciando que teve um bilhão de senhas de usuários roubadas e o governo americano culpando hackers por terem influenciado as eleições dos EUA. Em 2017, há grandes chances de que você seja vítima de um hacker — se ainda não foi. Ativistas de direitos digitais soarão alarmes sobre uma ampliação da vigilância do governo. Empresas com interesse na divulgação de publicidade de produtos e serviços como o Google também estão mais agressivas na compilação de dados detalhados sobre perfis e comportamentos de usuários da web. O que você pode fazer para se defender? Fique de olho em senhas, atualizações de software e mensagens criptografadas. Já há registro de um aumento nos downloads do aplicativo de bate-papo seguro Signal.

A revolução dos consoles

Em 2017, a Microsoft lançará um novo Xbox com foco na realidade virtual e a Nintendo apresentará o Switch, um console híbrido modular que pode ser tanto fixo na TV quanto portátil. A Sony provavelmente também apresentará um novo PlayStation. Os sistemas de jogos costumavam durar de seis a oito anos, mas a tecnologia de entretenimento está avançando a um ritmo mais rápido com videogames mais agressivos e novas funções de exibição, como a resolução 4K e cores de grande alcance dinâmico (HDR, da sigla em inglês). Os jogos de realidade virtual também exigem mais poder de computação. A menos que os fabricantes de console queiram tentar vender novo hardware todos os anos, eles precisam de uma mudança de paradigma para que seus sistemas possam adotar novas funções mais rapidamente.

O ano das telas

O iPhone 7 ofereceu, em grande parte, mais do mesmo (menos um fone de ouvido). E o Galaxy Note 7, da Samsung, entrou para a história, mas pelos motivos errados. Se 2016 foi o ano em que o smartphone ficou chato, 2017 será o ano de sua reinvenção. Saltos na tecnologia de tela e software pavimentarão a maior revolução dos telefones em anos. A Apple deve fazer esforços extremos no aniversário de 10 anos do iPhone. Há rumores de modelos sem nenhum botão com telas curvas OLED. A Samsung, que vem promovendo o design curvo e sem ângulos há algum tempo, provavelmente continuará a tendência com o Galaxy S8, dando ao seu principal telefone nova funcionalidade de inteligência artificial.

Teste à neutralidade da net

A neutralidade da net está entrando numa era escura. No ano passado, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA impediu provedores de serviços de internet como a Verizon de cobrar taxas para que serviços como a Netflix cheguem aos lares de seus clientes em velocidades mais rápidas. Mas os membros da equipe de transição do presidente eleito Donald Trump parecem mais solidários com os provedores de serviços de internet. Para os consumidores, um relaxamento das regras de neutralidade da net poderia significar mais poder (e, por sua vez, mais dinheiro) nas mãos das operadoras que querem colocar trancas na web.

A mágica da IA

Em 2017, os computadores demonstrarão a capacidade de aprender e tomar decisões usando seus próprios cérebros. Apoiado por enormes quantidades de dados e investimentos de grandes empresas de tecnologia, um salto nos sistemas de IA que operam assistentes de voz, aplicativos e redes sociais é bem provável. O sistema neural de tradução automática do Google, por exemplo, já pode traduzir frases completas melhor que tradutores de linguagem programada tradicionais. Há até evidências de que ele está aprendendo os fundamentos da própria linguagem. Seja com carros inteligentes, assistentes virtuais ou aplicativos de fotos, a relação dos humanos com as máquinas mudará em 2017.

Fonte: WSJ

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