post image

EUA podem banir gorduras trans por riscos à saúde

A FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA) propôs medidas que podem quase que eliminar as gorduras trans adicionadas a alimentos. O consumo desse tipo de substância é apontado como fator de risco para doenças cardíacas.
A proposta, que ficará em consulta pública por 60 dias, sugere declarar que os óleos hidrogenados, origem da gordura trans, não sejam mais reconhecidos como seguros. As empresas teriam que provar cientificamente que a gordura é segura para consumo --o que contraria os estudos publicados nos últimos anos.
Margaret Hamburg, da FDA, diz que a medida pode evitar 20 mil infartos e 7.000 mortes por ano nos EUA.
As gorduras são obtidas quando o óleo é hidrogenado e tornado sólido. São muito usadas em frituras e margarina em substituição às gorduras de origem animal.
Estudos mostram que esse tipo de gordura aumenta os níveis de LDL, o colesterol \"ruim\", e pode baixar níveis de colesterol \"bom\", o HDL.
O consumo de gorduras trans tem caído nos EUA após medidas como as tomadas por cadeias de fast food, que pararam de usá-las em frituras.
Segundo cientistas, dois ou três gramas de gorduras trans por dia já aumentam o risco de doenças cardíacas.
Brasil
No Brasil, o uso de gordura trans nos alimentos não é proibido, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda que a ingestão máxima seja de 2 gramas por dia.
A orientação corresponde ao que diz a Organização Mundial da Saúde. De acordo com a entidade, a ingestão não deve ultrapassar 1% do valor calórico da dieta (em uma dieta padrão de 2.000 calorias, o máximo ingerido seria 2 g).
A Anvisa também controla o uso de alegações \"zero trans\" nas embalagens de produtos. Hoje, alimentos que declaram ser livre de gordura trans podem ter no máximo 0,2 g por porção, segundo determinação da agência.
Mas essa regra vai mudar: a partir de 2014, para estampar a alegação de \"zero trans\" o produto deve ter no máximo 0,1 g de gordura trans por porção, além de ter baixos níveis de gordura saturada.
Fonte: Folha de S. Paulo
Compartilhar

Permito o uso de cookies para: