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Consumo de bebidas açucaradas dobra risco de doenças cardíacas, diz estudo

Sucos industrializados, refrigerantes, achocolatados… todo tipo de bebida açucarada por ser prejudicial para a saúde do coração. De acordo com um estudo apresentado em um encontro de prevenção epidemiológica da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), na cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos, ingerir esses líquidos pode dobrar as chances de mortes prematuras por doenças cardíacas.

No entanto, o trabalho ressaltou que o mesmo não vale para alimentos açucarados. Segundo os cientistas, as diferentes maneiras como as bebidas e os alimentos doces são processadas pelo organismo tenham características que influenciam nessa diferença.

Para realizar a pesquisa, um grupo de adultos com mais de 45 anos foi monitorado por seis anos. A análise mostrou que quem bebia pelo menos 709 mililitros tinha duas vezes mais chances de morrer de doenças cardíacas do que aqueles que ingeriam menos de 29 mililitros.

Além disso, o risco de morte prematura, sejá lá qual for a causa, também aumentou entre os que consumiam líquidos açucarados. No entanto, não foi reconhecida nenhuma associação entre esse efeito durante o estudo.

Anteriormente, outras pesquisas foram feitas para mostrar a ligação entre o açúcar, obesidade e outras doenças crônicas. Mas o impacto desse consumo sobre as taxas de mortalidade não haviam sido discutidos, até o momento.

“Pretendíamos descobrir se os açúcares adicionados aumentam o risco de morte por doença cardíaca ou outras causas e, em caso afirmativo, se existe uma diferença de risco entre bebidas açucaradas e alimentos açucarados”, afirma a pesquisadora-chefe do estudo, Jean Welsh, da Emory University, nos EUA. “Acreditamos que este estudo acrescenta dados sólidos ao que já existe, destacando a importância de minimizar as bebidas açucaradas em nossa dieta”, conclui.

 

Como foi feito o estudo


Como base, foram usados informações de quase 18 mil pessoas que participaram do estudo Razões para Diferenças Geográficas e Raciais no Acidente Vascular Cerebral, uma investigação de saúde e estilo de vida nos EUA.

A partir disso, foi estipulado um questionário para estimar o consumo de alimentos e bebidas açucarados. Entre os líquidos considerados doces incluía-se refrigerantes e sucos de frutas, e as comidas podiam ser sobremesas e cereais matinais.

À medida que os registros de óbito chegavam, eles comparavam com os hábitos alimentares.

Para Welsh, a conclusão do estudo pode ser mais um incentivo para que os médicos comecem a falar com seus pacientes sobre os hábitos de alimentação como algo muito importante.

“Sabemos que, se os profissionais de saúde não perguntarem aos pacientes sobre práticas de estilo de vida relacionadas à obesidade e às doenças crônicas, os pacientes tendem a pensar que isso não é importante”, ressalta ela. “Simplesmente perguntar aos pacientes sobre o consumo de bebidas açucaradas já é valioso.”

Fonte: IG

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