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Zumbidos no ouvido atormentam pelo menos 28 milhões de brasileiros

Os zumbidos atormentam os ouvidos de pelo menos 28 milhões de brasileiros. A causa mais comum é o barulho, mas o problema pode ser sinal de doenças graves, como diabetes e hipertensão. Nunca se teclou, falou, nem ouviu tanto, por meios eletrônicos. Mas esta também é a era do zumbido.
O chamado zumbido no ouvido, que, segundo estimativas, atinge hoje 28 milhões de brasileiros, pode ser sintoma de problemas no próprio ouvido ou sinal de uma série de outras doenças.

“Ele pode ser causado por pressão alta, diabetes ou pré-diabetes, colesterol, triglicérides, problemas da articulação da mastigação, do pescoço”, alerta a otorrinolaringologista Tany Sanchez.

Mas 90% dos casos indicam mesmo algum grau de perda auditiva, diz a especialista. E a causa principal: excesso de barulho.

Agressões profissionais à parte, que atingem um público específico e tem legislação de controle, o grande vilão, acaba sendo o lazer. Assim, no atacado, com as baladas, ou no varejo dos fones de ouvido. “A parte de lazer não tem legislação e quando as pessoas se divertem elas se esquecem literalmente do resto da vida”, avalia a especialista.
O limite máximo permitido, por lei, é de 85 decibéis, mas aparelhos de MP3 chegam a atingir 110 dB. “Quando eu estou ouvindo muita música no fone, quando eu vou dormir fica aquele zumbido”, diz um jovem.
“Sempre tem um zumbidinho seguido de uma pequena dor”, revela outro rapaz. Mas, por que ouvir tão alto? “Ah, para dar mais empolgação, mais entonação na música”.

Num estudo realizado no Brasil, com 170 jovens de 11 a 17 anos, 54% declararam ter sentido zumbido no último ano.

Outra estatística: de cada cinco pessoas com zumbido, quatro não dão grande importância a ele, o que pode agravar o quadro e tornar o problema permanente.

“Não faço nada em relação a isso. Depois que eu pego no sono, eu não sinto mais nada”, admite o jovem.

Alguns países, como o Canadá, têm leis que limitam o volume máximo na fabricação de MP3. No Brasil não há nenhuma restrição.
Fonte: Bom Dia Brasil
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