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Granolas têm muito açúcar e informações erradas no rótulo

Bom acompanhamento para frutas, iogurtes e outros alimentos, a granola é queridinha de muitas pessoas que seguem uma alimentação saudável. Mas será que todas as opções do mercado podem ser consideradas benéficas à saúde? Em um levantamento divulgado nesta segunda-feira (7), a Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor analisou oito marcas de granola. De acordo com os resultados, três delas – Kellogg’s, Vitalin e Kobber – possuem alto teor de açúcar em suas fórmulas. Como não existe uma legislação específica para açúcares totais no Brasil, a metodologia do teste considerou como parâmetro a ingestão diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o máximo de 50 g por dia.

A pesquisa mostra que, ao ingerir uma única porção (40g) da granola da Kellogg’s (que recebeu a pior avaliação), o consumidor ingere 12 g de açúcares totais, o que equivale a 24% do indicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por dia. Nos produtos Vitalin e Kobber, a porcentagem chega a 21%.

Caso a quantidade de açúcar não esteja expressa na tabela nutricional, a dica é checar a lista de ingredientes na embalagem – aqueles que aparecem no início são os que estão presentes em maiores quantidades.

De olho no rótulo
A Proteste também comparou as informações nutricionais impressas nos rótulos com os conteúdos dos produtos. Segundo a Anvisa, a variação entre o que está escrito na embalagem e o que, de fato, tem na fórmula pode ser de no máximo 20% por porção. Esse critério não foi respeitado pelas marcas Vitalin, Qualitá e Kobber. A primeira traz menos gordura (-52%) e menos sódio que o prometido (-23%); a segunda, mais fibra (47%) e menos sódio (-57%); e a terceira, mais fibra (27%) e menor teor de gordura (-33%) e sódio (-46%) em relação ao estampado na embalagem. Já a Granatus apresentou menos sódio que o informado (-51%).

Apesar de ser positivo que o produto tenha menos sódio e gordura e mais fibras, a entidade defende que seria melhor oferecer uma embalagem com as informações corretas.

E o sódio?
Nenhuma das marcas apresentou mais sódio do que o permitido pela legislação. A Mãe Terra, contudo, diz em sua embalagem que contém 0 mg do mineral por porção, mas no produto avaliado foram encontradas 9 mg. Segundo a Anvisa, a informação nutricional de sódio só pode ser considerada “zero” quando o alimento traz quantidade menor ou igual a 5 mg por porção.

Pontos positivos
Apesar dessas divergências, os rótulos de todos os produtos apresentaram as informações consideradas obrigatórias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como lista de ingredientes e validade. Quanto à higiene, não foram encontradas impurezas.

Fonte: Boa Forma

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