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Cientistas criam "pílula" capaz de diagnosticar câncer de mama

Quem é mulher sabe da importância de realizar anualmente o exame de mamografia, útil para encontrar possíveis focos de câncer de mama. O problema é que o procedimento nem sempre fornece resultados precisos e ainda expõe as pacientes à radiação. No entanto, um estudo publicado na revista Molecular Pharmaceutics, relata que os cientistas desenvolveram uma "pílula de rastreio de doenças" não invasiva, que conseguiu iluminar tumores cancerígenos em camundongos, quando expostos à luz infravermelha --e sem uso de raio X.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano, de acordo com o INCA. Também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

As mamografias são radiografias de tecido mamário que podem fornecer informações sobre a localização e tamanho de um nódulo, mas não conseguem distinguir entre crescimentos cancerosos e benignos. Como resultado, até uma em cada três mulheres saudáveis é submetida a tratamentos e procedimentos de câncer de mama desnecessários, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores dinamarqueses.

Mamografias também fazem uso de baixos níveis de radiação. Embora o risco de dano causado por essa exposição seja mínimo, os raios X repetidos podem gerar problemas de saúde. Sondas fluorescentes podem detectar tumores de mama, mas devem ser administradas por via intravenosa. Exatamente por isso, Greg M. Thurber e seus colegas decidiram desenvolver uma técnica mais precisa e segura que também não fosse invasiva.

Os pesquisadores combinaram dois tipos de moléculas em uma única pílula: uma molécula alvo que se liga a proteínas na superfície das células do câncer de mama, além de um corante que tinha grupos de sulfato carregados negativamente ligados a ele. Grupos de sulfato aumentam a solubilidade de corantes fluorescentes próximos ao infravermelho, aumentando a probabilidade de detecção do tumor.

Testes em ratos mostraram que, com essa formulação, uma proporção considerável do agente de imagem foi absorvida na corrente sanguínea. Também se liga especificamente às células cancerígenas com pouco ruído de fundo.

Apesar de ainda serem necessários mais estudos, os pesquisadores dizem que a pílula pode levar a uma maneira precisa, segura e não invasiva de detectar o câncer de mama, além das chances de serem modificadas no futuro para detectar outras doenças.

 

Fonte: UOL
Enviado por J.C

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