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Estudo liga tempo de tela a insônia e depressão em adolescentes

Resultados preliminares de um novo estudo indicam que quanto mais tempo adolescentes passam frente a uma tela, piores são seus sintomas de insônia e menor a duração de seu sono, assim como mais severos os relatos de sentimentos depressivos. Os achados, que ligam o uso de redes sociais, navegação pela internet e assistir TV ou filmes a estes problemas, foram apresentados nesta segunda-feira na 32ª Reunião Anual da Associação de Sociedades Profissionais de Estudos do Sono, que acontece em Baltimore, EUA.

- As maiores taxas de sintomas depressivos entre adolescentes podem ser em parte explicadas pelo uso ubíquo de atividades baseadas em telas, que podem interferir em um sono restaurativo de alta qualidade – resumiu Stella Xian Li, que conduziu as análises junto com colegas da Universidade de Stony Brook, da Universidade do Estado da Pensilvânia e da Universidade de Wisconsin em Madison, todas nos EUA.

A pesquisa incluiu dados de 2.865 adolescentes participantes de um amplo estudo sobre saúde e bem-estar de jovens em famílias fragilizadas nos EUA com idade média de 15,63 anos e dos quais 51% são meninos. O levantamento inclui informações sobre duas questões ligadas diretamente ao sono – sintomas de insônia e duração habitual do sono nos dias de semana – e sobre sintomas depressivos, com os adolescentes também relatando o tempo diário em horas que gastavam em quatro atividades envolvendo telas – mensagens em redes sociais, navegação na internet, assistir programas de TV ou filmes e jogar videogames.

- Nossos resultados sugerem que os pais, educadores e profissionais de saúde devem considerar educar os adolescentes e regular seus tempos de tela como possíveis intervenções para melhorar seu sono e reduzir a depressão – concluiu Lauren Hale, professora da Universidade de Stony Brook e líder da pesquisa. - E estamos muito interessados em ver se a influência adversa das mídias sociais e tempo de tela no sono e na saúde mental persiste na transição para a idade adulta.


Fonte: O Globo

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