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Como emagreci: quando a atividade física se tornou diversão

Sedentário, Pedro Torres engordou nos cinco anos da faculdade de arquitetura e chegou aos 113 kg. Depois da  graduação, voltou a nadar, o peso baixou e o amor pela atividade física ressurgiu. Veja como ele consegui: "Sempre tive problema com peso, mas isso nunca me incomodou. Eu era uma criança muito ativa e gostava bastante de nadar. Meu problema era que comia muito. Não era fã de "tranqueira". Fazia pratos enormes de arroz e feijão mesmo, e ainda repetia. Não estava nem aí e ninguém dizia que eu precisava emagrecer.

Comecei a fazer faculdade em período integral e não tinha tempo para nada. Minha vida era estudar, trabalhar, comer e dormir. Quando terminei o curso consegui encontrar um tempo para voltar a nadar. Queria ser mais ativo e a perda de peso foi uma consequência desse processo. Treinava de segunda à sexta-feira e, no início, foi um sofrimento. Nadava 25 metros e morria ao chegar na outra borda. Não tinha preparo físico. Mas sempre que boto uma coisa na cabeça, cumpro. Fechei um plano de um ano na academia para me estimular a seguir em frente.

Foi quando o local em que treino lançou um projeto verão para que os alunos emagrecessem em seis meses. Resolvi me inscrever e, além da natação de manhã, comecei a fazer musculação e exercícios aeróbicos à noite. Nos primeiros três meses, emagreci 16 kg.

Quando os resultados surgiram, fiquei ainda mais animado. Conseguia entrar em várias roupas antigas e nadar 1.000 metros direto. Minha evolução rápida fez com que essa rotina saudável deixasse de ser uma obrigação.

Mesmo cansado, não era um tormento levantar da cama para treinar. Mas tudo isso só foi possível porque define uma meta e fui até o fim. Depois desses três meses, busquei uma nutricionista para aprender a comer direito. Não entendia que deveria nutrir meu corpo de maneira regular. Depois que comecei a estudar e trabalhar, só tomava café da manhã, almoçava de vez em quando e comia muito quando chegava em casa depois da faculdade. Mantive essa rotina por cinco anos e foi o que fez com que a balança chegasse aos 113 kg.

A nutricionista me explicou que, por eu ficar muito tempo sem comer, meu corpo acabava estocando toda a energia consumida e isso me fez engordar. Aprendi que precisava comer de forma equilibrada, de três em três horas, além de evitar carboidratos à noite. Isso me ajudou bastante. Ajustar a alimentação também foi importante para recuperar a massa muscular que perdi nos três primeiros meses de emagrecimento.

O que mais gostei foi que a nutricionista quis saber o que eu comia para montar um cardápio com base nisso. Minha alimentação não tinha nada de suco verde e outras coisas da moda, pois sabia que não ia manter um plano assim. Para eu seguir um cardápio ele precisa ser simples. A minha dieta tem carboidrato, proteína, grãos e fibras. Comida de verdade, como arroz, feijão, lentilha, carne queijos e iogurtes. Por não ser um cardápio muito diferente, consigo seguir em qualquer lugar que estiver.

No meu processo de emagrecimento, também pedi para ela incluir uma massa no fim de semana, que era um costume que eu tinha. A nutricionista liberou dois pedaços de pizza no sábado e uma massa com proteína no domingo. Hoje em dia passo meses sem comer isso no fim de semana, pois não sinto falta mesmo. Se tenho vontade, como sem remorso.

Ao todo, emagreci 35 kg em um ano. Ainda preciso perder mais uns 4 kg, mas esses quilos finais são os mais difíceis, porque o organismo não colabora. Mesmo o volume de exercícios sendo grande. E não tem segredo. Acordo todo dia às 5 h da manhã para nadar e já corro para o trabalho. Quando você coloca um objetivo na vida é preciso priorizar isso.

Comecei a fazer provas de travessia aquática, mais focadas na velocidade do que na distância. E ano passado completei meu primeiro Aquaman: nadei 7 km. Esse amor pela natação evoluiu para a bike. Hoje eu pedalo duas vezes por semana. E agora estou focando no triatlo. Treino de segunda a sábado com esse foco!


Fonte: UOL
Enviada por JC

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