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Filtro solar com proteção acima de 50 é o mais eficaz, confirma estudo

A estação mais quente do ano exige cuidados extras com a pele, ou seja, usar bastante protetor solar. No entanto, muitas pessoas evitam utilizar filtros com fator de proteção acima de 50. O motivo? A crença de que fatores mais altos não oferecem maior proteção. A notícia: eles oferecem sim! É o que diz estudo recente publicado no Journal of the American Academy of Dermatology (JAAD). A equipe analisou dados recolhidos a partir da observação de cerca de 200 pessoas, entre homens e mulheres. “Estudos feitos em laboratório concluíram que fatores mais altos oferecem maior proteção, justificando o uso desse tipo de produto”, afirmou Murilo Drummond, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A crença de que fatores mais altos não oferecem maior proteção passou a circular em 2011, quando a Food and Drugs Administration (FDA), agência que regulamenta remédios e alimentos nos Estados Unidos, afirmou que não havia evidências provando os benefícios clínicos no FPS acima de 50. Desde então, alguns dermatologistas passaram a recomendar o uso de fatores menores com base no tipo de pele do paciente.

Por que usar filtro solar?
Quando uma pessoa não utiliza diariamente o protetor solar, seja inverno ou verão, ela se expõe ao risco de desenvolver câncer de pele, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o tipo mais frequente de câncer no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos, principalmente com pele clara, sensível à ação dos raios solares.

A doença se manifesta em duas formas principais: o carcinoma basocelular, mais frequente e com maior chance de cura já que geralmente apresenta menos metástase (quando o câncer se espalha para outras partes do organismo), e o carcinoma epidermoide ou espinocelular, câncer de pele mais agressivo que aparece nas regiões do corpo com maior exposição ao sol, como rosto, cabeça, pescoço, braços mãos e pés. O carcinoma epidermoide pode dar origem a metástases nos pulmões, colo do útero e na mucosa da boca.

A exposição excessiva ao sol também pode causar o envelhecimento da pele (fotoenvelhecimento), que manifesta sintomas como pele ressecada (craquelada), áspera e manchada; além de deixar as rugas mais profundas e evidentes.

Para evitar esses problemas é necessário aplicar o protetor solar com, no mínimo, trinta minutos de antecedência para que o filtro possa penetrar na pele. Já a reaplicação está sujeita ao tempo de exposição, mas a recomendação para o caso de piscina ou praia é a cada uma hora e meia; o mesmo vale para as pessoas que trabalham ao ar livre.

Cada pele com o seu fator
De acordo com especialistas, existem seis tipos de peles e cada uma delas necessita de proteção em níveis diferentes. Veja quais são e como melhor protegê-las dos efeitos do sol.

1. Peles Brancas e Muito brancas

Dos seis tipos de pele existentes, são os mais sensíveis, queimando com facilidade, embora nunca se bronzeiem. A recomendação para quem tem esse tipo de pele é utilizar um fator de proteção mais alto disponível. Segundo especialistas, qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, no entanto, pessoas com pele e olhos claros, que passam muito tempo sob o sol, correm um risco maior.

2. Peles morenas e ligeiramente morenas

Estes tipos de pele são relativamente sensíveis, queimando com razoável facilidade. Ao contrário da anterior, elas costumam ficar bronzeadas se expostas aos efeitos dos raios do sol por muito tempo. Como a pele já dispõe de alguma proteção natural, o fator indicado é pelo menos o FPS 30. Mas o FPS 50 é o ideal.

3. Peles muito morenas e negras

De acordo Drummond, fatores acima de 50 também não são um exagero para peles negras. O câncer de pele na pele escura costuma ser mais raro, mas quando se manifesta é do tipo melanoma na maioria das vezes — o mais grave e que apresenta maior incidência de mortes.


Fonte: Veja

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