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E 2019 chegou. E agora, Brasil, como vamos melhorar a saúde?

E 2019 chegou. E agora, Brasil? Como vamos melhorar as filas nos hospitais e a saúde terciária no país? alguns de nossos leitores conseguiram entender pela vivência em como o movimento diário faz a diferença. Vamos espalhar a notícia por aí, me ajudem. Movimento é tudo. E aproveitando que o ano virou, e que sempre nos enchemos de esperança pra coisas novas e boas, pra mudanças positivas e, sobretudo, uma virada em nosso país, quero deixar aqui minha reflexão sobre esperança no meio em que trabalho, na saúde.

É hora de o Brasil pensar também em políticas de saúde pública. Somos um país com expectativa de vida de 75.8 anos, mas que temos os últimos 10 com autonomia comprometida. Na média, gastamos com saúde nos 2 últimos anos de vida, quase 50% de todo o valor gasto em saúde durante a vida. E o pior, mesmo assim temos a saúde prejudicada, qualidade de vida ruim, sofrimento de familiares.

É hora de começarmos um programa de prevenção em nível nacional. Não será fácil, nem rápido, mas é um passo que precisa ser dado. Não adianta muito colocar equipamentos em praças, as chamadas academias populares, e deixar lá… É preciso falar com a população, mostrar o que efetivamente acontece quando não nos movimentamos o mínimo necessário.

Passar horas sentado é inegavelmente ruim pra seu corpo. Assim que nos sentamos, nossa contração muscular diminui e com isso nosso gasto calórico também. Após três horas na mesma posição, há redução em 50% da vasodilatação, o que piora o fluxo sanguíneo, e em tempos mais prolongados já começa a afetar na produção da insulina e por consequência aumentar a possibilidade de diabetes tipo 2.

O comportamento sedentário de seis horas consecutivas por dia, após 2 semanas, já provoca aumento do colesterol ruim, o LDL, aumento de peso e redução da força do coração em bombear sangue pra todo o corpo. Um ano após, mantendo esse padrão de comportamento, a massa óssea já começa a sofrer perda de 1% ao ano, sobretudo em mulheres. E o fluxo sanguíneo reduzido passa a afetar a atividade cerebral também.

Após 10 a 20 anos, mantendo as seis horas diárias e consecutivas sentado, se poderá ter perdido cerca de 7 anos de vida com qualidade, ou seja, longe de médicos, remédios, internações e morte prematura. Isso porque o risco de ter problemas cardíacos terá aumentado em 64% e em 30% para alguns tipos de câncer. O sedentarismo é a quarta maior causa de morte no mundo. Não é mais realmente uma questão de achar legal ou não fazer movimento físico, atividade física com regularidade. É uma questão mundial de vida ou morte.

O Brasil gasta 3,8% do PIB em saúde. Somente 8% desse valor é gasto em atenção primária, evitando que as pessoas adoeçam ou não controlem as doenças crônicas.

Melhorando o estilo de vida, ou seja, fazendo como a Thayna, Pilka e Marcia, aqui do blog, cada um fazendo sua parte e o poder público se envolvendo na questão, a distribuição do dinheiro gasto em saúde seria bem diferente, aumentando o que se gasta em saúde primária e diminuindo o que se gasta em medicina terciária.

Muitas empresas privadas fazem ações com seus colaboradores: campanhas, palestras, programas, etc. Por que? Porque se preocupam com seus funcionários, sim, mas também porque é bom para a saúde da empresa tê-los trabalhando com disposição, saúde, foco e muito menos gastos com remédios, médicos e faltas por conta de saúde.


Fonte: Marcio Atalla/ UOL
Enviada por J.C.

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