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Cresce o número de casos de estresse e ansiedade durante a pandemia

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, medidas têm sido adotadas mundialmente para reforçar o isolamento social, afim de conter a contaminação da doença em larga escala. Contudo, tais medidas podem afetar a saúde mental das pessoas que estão em casa. Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio (Uerj) publicado online pela revista científica The Lancet, revela que casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram durante a pandemia, enquanto os de depressão tiveram aumento de 90%.

A psicóloga da Dmi, Denise Rocha, informa que o isolamento social além de prejudicar diretamente a economia, comércio e, principalmente, pequenos e médios negócios, também afeta diretamente a saúde mental. "Essa situação somada a todo estresse ao qual estamos submetidos nesse período, está sem dúvidas nos trazendo prejuízos, aumentando principalmente os níveis de ansiedade, pois os fatores desconhecidos e incertos aumentam também a insegurança, o medo, a dúvida, e até reações mais intensas como o pavor e o pânico. Essas sensações podem contribuir para uma maior incidência de quadros depressivos e outros transtornos mentais", afirma.

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O Brasil é o país campeão em casos de ansiedade. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 9,3% da população já sofria com o problema antes da pandemia, sendo as mulheres as mais afetadas. Os sintomas psicológicos mais comuns são apreensão, medo, angústia, inquietação, insônia, dificuldade de concentração, incapacidade de relaxar, sensação de estar no limite, preocupação excessiva com o futuro, pensamentos catastróficos, entre outros.

Denise Rocha explica ainda a importância do acompanhamento profissional, em casos necessários, para a proteção da saúde mental. "As pessoas que já estavam em acompanhamento psicológico e psiquiátrico devem, mais do que nunca, dar continuidade em seus tratamentos, principalmente, para evitar a deterioração do equilíbrio psicológico, evitar surtos psicóticos, transtornos mais graves e até o suicidio, assim como, também todas as pessoas que se sintam ameaçadas, desamparadas, angustiadas e queiram diminuir os efeitos da Covid -19 em sua saúde mental devem buscar ajuda profissional. Não deixem para depois, se cuidem", finaliza a especialista.

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