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31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico

Ir ao médico, fazer exames preventivos e tratamentos de saúde não são práticas tão comuns para uma parcela dos homens brasileiros. Dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 31% do gênero masculino não tem o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos. Essas estimativas sugerem que pela baixa procura de consultas médicas e exames, por exemplo, problemas de saúde podem surgir ou serem agravados.

O câncer de próstata é uma das principais doenças que acometem os homens, principalmente, a partir dos 40 anos. Diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com esta neoplasia. O urologista da Dmi Ricardo Matias explica que sempre orienta aos homens a prevenção anual da doença e os cuidados necessários.

“Da mesma forma que as mulheres vão ao ginecologista, os homens também devem ir ao urologista a partir dos 40 anos, principalmente, para fazer a prevenção do câncer de próstata. Nessa prevenção é feita uma anamnese, um histórico clínico do paciente e o exame do toque para verificar a existência de alguma anomalia, uma alteração já inicial nessa próstata. Além disso, na sequência solicitamos a realização de alguns exames complementares, tais como ultrassonografia da próstata, exame do PSA e exame de urina”, informa.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que, para cada ano do biênio 2018/2019, foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil.

O diagnóstico precoce implica em grande possibilidade de sucesso do tratamento, aumentando em 90% as chances de cura. A recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia é que a partir de 50 anos todos os homens devem começar o acompanhamento com urologista. Já aqueles que apresentam fatores de risco como histórico familiar, obesidade e ser da raça negra - a incidência da doença dentro desse grupo é em média três vezes maior - deve começar os cuidados aos 45 anos por meio de exames de sangue frequentes e toque retal.

O urologista Ricardo Matias relata que tem observado uma maior conscientização do público masculino. “Temos observado que, gradativamente, tem diminuído a questão do preconceito. Com as campanhas de conscientização, informações preventivas e o próprio Ministério da Saúde divulgando informativos, a população masculina tem se conscientizado da necessidade para o diagnóstico precoce e vem espontaneamente nesse mês de novembro, no qual a gente fala bastante sobre a saúde do homem, para fazer os exames preventivos”, finaliza o especialista.

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