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Quando retirar as amídalas?

Quem foi criança ou adolescente no século 20 sabe como era comum passar por cirurgia de retirada das amídalas (amigdalectomia). Por muito tempo foi comum médicos indicarem o procedimento se a criança tivesse inflamações e infecções frequentes na garganta. Na década de 1970, os Estados Unidos realizavam cerca de 1 milhão de cirurgias desse tipo por ano.

No Brasil, foram feitas pelo SUS, em 2018, cerca de 37 mil cirurgias de retirada de amídalas (com ou sem retirada das adenoides, popularmente chamadas de “carne esponjosa”). Ao contrário de antigamente, hoje o procedimento só é indicado em casos específicos.

 

PARA QUE SERVEM AS AMÍDALAS?

 

Embora fosse comum extraí-las, as amídalas não são inúteis. Localizadas no fundo da boca, próximas à garganta, elas são duas massas de tecido linfoide que fazem parte do nosso sistema de defesa. Ao entrarem em contato com vírus e bactérias durante a respiração, elas emitem um alerta para o organismo produzir anticorpos e combater os agentes invasores.

Apesar dessa função, extrair as amídalas não interfere significativamente no sistema imunológico nem traz malefícios à saúde. A cirurgia pode ser feita junto com a retirada das adenoides, que exercem funções parecidas e estão localizadas em região próxima. De modo geral, a cirurgia não costuma ser indicada para bebês e crianças pequenas, pois nessa fase o sistema imunológico ainda está em formação. Cabe ao médico avaliar a necessidade da cirurgia, de acordo com as indicações.

 

QUANDO A CIRURGIA É INDICADA

 

De acordo com o guia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, não há evidências de que as amídalas e adenoides sejam importantes após os 3 anos de idade. Dessa forma, a maioria dos especialistas indica o procedimento a partir dos 4 anos.

Satisfeito o requisito da idade, a retirada das amídalas é indicada nos seguintes casos:

·         Amidalites de repetição (sete ou mais episódios em um ano; cinco ou mais episódios por ano em dois anos consecutivos; três ou mais episódios por ano em três anos consecutivos);

·         Formação de bolsas de pus próximo às amídalas (abscesso periamigdaliano);

·         Como prevenção de febre reumática;

·         Aumento do volume das amídalas;

·         Suspeita de nódulos ou tumores;

·         Amigdalite crônica;

·         Mau hálito;

·         Portador crônico do Streptococcus pyogenes;

·         Casos na família de febre reumática, e paciente com histórico de glomerulonefrite.

         FONTE: Portal Drauzio Varella

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