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Uma atitude encantadora

Não sou chegada a ficar suspirando pelo que passou. Quase sempre, estacionar a cabeça no tempo significa desperdiçar grandes chances de aproveitar momentos excelentes que estão aí, na nossa frente. Mas quando o assunto é gentileza, freqüentemente, após presenciar uma cena do cotidiano, me questiono porque somos menos gentis? O que poderia ser feito para estabelecer um nível mínimo de cuidado com o outro?

Sou daquelas que seguem cumprimentando a todos que passam por meu caminho nas ruas – como é comum ver nos filmes de antigamente. Adoro agradecer ao motorista que para seu carro para me dar passagem. Logo, acho estranho quando me vejo diante de situações que estão se tornando comuns.

As pessoas não se cumprimentam ao entrar no elevador? Ao sair, ninguém agradece ao ascensorista que lhe serviu? A maior parte dos empregados, ao chegar para o trabalho pela manha, passa pelos seguranças, pelas recepcionistas e pelos colegas de trabalho pela manha, passa pelos seguranças, pelas recepcionistas e pelos colegas de trabalho como se todos fossem invisíveis.

A coisa começa de cima para baixo, viu? O gestor acha que, porque é chefe pode prescindir da educação ao licitar coisas aos subordinados. Se você tem um chefe assim, não reproduza o comportamento quando for promovido. Será que é perseguição de minha parte ou alguns andam mesmo se esquecendo de dizer “muito obrigado” ao manobrista do estacionamento, ando sentindo muita saudade dela, da gentileza, nas empresas em geral.

Não subestime a capacidade dos clientes de perceber se sua gentileza é genuína, usada com todos, ou se é só jogo de cena para tentar impressioná-los de forma positiva. Seja gentil, redescubra o prazer de ser generosamente delicado e educado com aqueles que convivem com você. É tempo de resgatarmos esses pequenos gestos que fazem a diferença na interação com as pessoas.

Agradeça por um favor recebido. Faça um pedido sempre procedido de um “por favor”. Cumpra aquilo que prometeu e, se isso não for possível, desculpe-se. Desligue seu smartphone quando deixá-lo ligado significar preterir quem está diante de você. Use o que é comum com o mesmo zelo que você usa aquilo que é seu. A gentileza abre portas e faz com que as pessoas tornem-se únicas e inesquecíveis. Que tal começar a praticá-la em seu dia a dia?


Fonte: Célia Leão - Revista Você S/A

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