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Com o que você realmente se importa?

Vovó Ruby

Sendo mãe de dois meninos muito ativos, de um e sete anos de idade, às vezes me preocupo que eles transformem minha casa cuidadosamente decorada em seu canteiro de demolição. Em meio a sua inocência e brincadeiras, de vez em quando derrubam meu abajur favorito ou desarrumam meus arranjos bem planejados. Nesses momentos, quando nada parece sagrado, lembro-me da lição que aprendi com minha sábia sogra, Ruby.

Ruby é mãe de seis e avó de treze. É a encarnação da gentileza, da paciência e do amor.

Num Natal, todos os filhos e netos estavam reunidos, como de costume, na casa de Ruby. Apenas um mês antes Ruby havia comprado um lindo carpete branco, depois de ter vivido com o mesmo carpete durante 25 anos. Ficara felicíssima com o novo astral que ele dava à casa.

Meu cunhado, Arnie, tinha acabado de distribuir seus presentes entre todas as sobrinhas e sobrinhos - mel natural premiado de seu apiário. Eles estavam super animados. Mas quis o destino que a pequena Sheena, de oito anos de idade, derramasse seu pote de mel no carpete novo da vovó, fazendo uma trilha escada abaixo por toda a casa.

Chorando, Sheena correu para a cozinha e para os braços da Vovó Ruby.

- Vovó, eu derramei todo o meu mel em cima do seu carpete novo.

Vovó Ruby ajoelhou-se, olhou carinhosamente nos olhos chorosos de Sheena e disse:

- Não se preocupe, querida, podemos lhe arrumar mais mel.

Do Livro: "Histórias para Aquecer o Coração 2 (Canfield J; Hansen MV)

Objetos não choram!

Numa sociedade capitalista e competitiva, na qual quem ganha mais dinheiro ou tem maior patrimônio é o mais respeitado, não é difícil doutrinar a mente para cuidar de materialidades e não perceber as emoções envoltas naqueles objetos inanimados.

Dá-se mais valor a um carro que acaba de ser lançado, que custa alguns milhares de reais (e que, no ano seguinte, perderá 20% de seu valor) do que uma noite romântica com seu parceiro ou de diversão com amigos de longa data.

Uma bolsa com uma marca que muitos nem sabem pronunciar, um relógio que rima com nome de cachorro e outras excentricidades que esvaziam o bolso e a alma.

Qual é o maior prejuízo da história acima - a sujeira do tapete ou a tristeza da garotinha? E o pior é que se colocarmos as pessoas que conhecemos no lugar da avó, 95% teriam uma reação contrária: a de brigar com a menina. Atitude que não salvaria o tapete e feriria ainda mais o coração da netinha.

Preocupe-se com o seu patrimônio mais valioso: sua memória. Recheie-a de experiências prazerosas, de sentimentos amorosos, de prazeres não materiais.

Trabalhe pelo prazer e, como consequência, receba dinheiro - o inverso é absolutamente irreal e vazio.

Dê menos prioridade às coisas materiais e perceba que, muitas vezes, para você proteger esse patrimônio, você não valoriza sentimentos seus e daqueles que estão a sua volta.

Muitas coisas na vida possuem preço. Mas as coisas mais valiosas não têm preço: tem valor!

Que você tenha um final de semana valiosíssimo!

Abraços Inspiradores!

Fonte: Marcio Zeppelini

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