Nos Estados Unidos, uma pesquisa mostrou que é cada vez maior o número de crianças pequenas que usam tablets e smartphones. Os educadores alertam que a tecnologia não deve substituir as brincadeiras tradicionais.
Se deixar, o pequeno Charlie, não sai da frente do tablet. A mãe, Joy, que tem outros dois filhos, admite que usa o aparelho para acalmar as crianças.
Um estudo da Common Sense Media, organização que trabalha pela educação infantil nos Estados Unidos, mostra que o uso de tablets ou smartphones por crianças americanas com menos de 2 anos de idade mais do que triplicou. Em 2011, apenas 10% dos bebês usavam os aparelhos. No ano passado, o percentual saltou para 38%.
E a cada dia, os fabricantes oferecem mais e mais brinquedos com esse tecnologia. Especialistas já se mostram preocupados. “A tecnologia tira das crianças o que eles precisam mais, que é a interação com o mundo real”, diz Tovah Klein, que dirige um centro para desenvolvimento de crianças em Nova York e escreveu um livro sobre o assunto.
A Associação Americana da Indústria de Brinquedos afirma que os modelos digitais e eletrônicos podem beneficiar as crianças, mas que os adultos devem acompanhar o uso da tecnologia.
Torah Klein afirma que tablets e smartphones são tão recentes, que ainda não dá para saber qual o impacto neurológico. Ela recomenda que as crianças com menos de 2 anos não usem brinquedos como tablets por mais de 15 minutos ao dia. Diz também que os pais não podem usar os aparelhos para acalmar as crianças e nem trocá-los pelas brincadeiras fora de casa.
Fonte: Bom Dia Brasil