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Venda de refrigerante Coca-Cola cai pela primeira vez em 15 anos

A Coca-Cola, maior fabricante de bebidas do mundo, anunciou ontem que suas vendas mundiais de refrigerantes caíram pela primeira vez em volume em 15 anos. O recuo trimestral no segmento ocorre num momento em que a Coca-Cola se vê cada vez mais dependente das bebidas não gasosas para aumentar seu faturamento, já que os refrigerantes estão sendo pressionados tanto no mercado doméstico como no internacional.

Em países desenvolvidos como os Estados Unidos, essas bebidas vêm sendo criticadas há anos, por sua contribuição ao aumento de peso da população. E o alvo não é apenas o açúcar. Mais recentemente, executivos atribuíram a queda das vendas dos refrigerantes diet a preocupações com os adoçantes artificiais.

No primeiro trimestre, o volume de Coca-Colas vendidas caiu na América do Norte e na Europa. Houve também queda no México, depois que o país instituiu um imposto sobre as bebidas açucaradas, embora a companhia não tenha especificado a gravidade dessa queda.

Por enquanto, as bebidas carbonatadas respondem por 75% do volume de caixas vendidas pela companhia fora dos Estados Unidos. No total, os mercados internacionais respondem por 81% do volume comercializado.

O executivo-chefe da Coca-Cola, Muhtar Kent, afirmou em uma conferência telefônica com jornalistas que a companhia vai buscar "um crescimento equilibrado entre as bebidas não carbonatadas e as carbonatadas", e se voltará para regiões diferentes do mundo.

A Coca-Cola não está sozinha nas dificuldades para aumentar as vendas dos refrigerantes. A PepsiCo, que divulga seus resultados trimestrais amanhã, vem registrando quedas ainda maiores, apesar do reforço do marketing, que está incluindo o patrocínio do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano.

No próximo ano, a Coca-Cola planeja aumentar seu orçamento de marketing em US$ 400 milhões, "para perto de US$ 4 bilhões", disse Kent. A companhia também lançou, na Argentina, uma versão da Coca-Cola adoçada com uma mistura de stevia e açúcar, que ela pretende lançar em outros mercados em algum momento.

Para o trimestre encerrado em 28 de março, o câmbio desfavorável contribuiu para uma queda de 8% no lucro líquido, para US$ 1,62 bilhão. A receita caiu 4% no período, em relação ao ano anterior, para US$ 10,58 bilhões, mas ficou acima das previsões de Wall Street, que apontavam para US$ 10,5 bilhões.


Fonte: Valor Econômico

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