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E-commerce deve faturar R$ 34 bilhões em 2014

Investimentos em marketing, diversificação do portfólio de ofertas, aperfeiçoamentos das funcionalidades no site para melhorar a experiência de compra do consumidor on-line e o suporte aos pagamentos feitos a partir de dispositivos móveis fazem parte do arsenal de medidas que estão sendo adotadas pelas empresas para aumentar os seus negócios com comércio eletrônico. No ano passado, as compras pela internet superaram as expectativas do mercado, atingindo o patamar de R$ 28,8 bilhões, com alta de 28% em relação a 2012, segundo a consultoria E-bit. A previsão para 2014 é de um faturamento de R$ 34,6 bilhões.

Um dos objetivos da Ultrapharma é tornar o seu site de comércio eletrônico mais acessível ao consumidor e reduzir pela metade a quantidade de cliques para se fechar uma transação. Os clientes cadastrados, cerca de 10% dos 23 milhões de visitantes por mês do site, já conseguem fazer um compra com apenas três a quatro cliques, diz Ricardo Vieira da Silva, analista programador da empresa.

A Ultrapharma também implementou funcionalidades que permitem o acesso ao site a partir de dispositivos móveis. "A ideia é alcançar a população que está tendo contato com a internet pela primeira vez", diz Vieira, ressaltando que uma das prioridades são os usuários da terceira idade. "Há dois ou três anos, a faixa etária acima dos 50 anos respondia por menos de 1% das nossas vendas e hoje responde por 10%".

Nos últimos anos, a empresa vem registrando crescimento anual de quase 50% com comércio eletrônico. Para manter esse ritmo de expansão, o próximo desafio é personalizar a página para o perfil de cada cliente. A ideia é utilizar ferramentas de análise de grande quantidade de dados (big data) para identificar as necessidades específicas e apresentar na tela os produtos mais adequados a cada um deles, diminuindo o tempo gasto com a procura de um produto de seu interesse.

Com 24 anos de operação, dos quais 14 dedicados ao comércio eletrônico, que representa 90% dos seus negócios, a Giuliana Flores também busca os clientes que não estão acostumados a comprar flores pela internet. Para tanto, aplica 10% de seu faturamento em campanhas de marketing principalmente nos canais tradicionais, como rádio, TV e outras mídias offline. Outra estratégia é formalizar parcerias com empresas cujos produtos são incluídos nos kits de arranjos que a empresa oferece aos seus clientes. Os itens incluem chocolate, bebidas, perfumes, entre outros. Há também parcerias com lojas e grandes magazines.

"Todo dia alguém nasce, faz aniversário e precisa presentear alguém por um motivo, seja ele qual for", diz Juliano Souza, gerente de marketing. Nesse sentido, a abordagem não é apenas vender flores, mas kits montados que combinam flores com outros produtos. No ano passado, a Giuliana Flores teve um faturamento de R$ 25 milhões e projeta para 2014 uma expansão de 32% nos negócios.

Especializada em artigos esportivos, a Netshoes tem investido em tecnologia para melhorar a experiência de compra on-line dos usuários. A empresa ultrapassou este ano a barreira de 3,3 milhões de clientes, com destaque para o público feminino, que representa 40% dos novos compradores. Juliano Tubino, diretor de marketing da empresa, projeta um crescimento em dois dígitos na base de clientes. O faturamento de 2013 ainda não foi fechado, mas a receita em 2012 somou R$ 1,1 bilhão.

A internet é também um terreno promissor para novos negócios. É o caso da Dafiti, um site de comércio eletrônico que começou a funcionar em 2011, comercializando calçados, e já conseguiu expandir suas atividades. De lá para cá, a empresa se consolidou como um e-commerce de modas, com presença, além do Brasil, em países como Argentina, Chile, Colômbia e México. No ano passado, a empresa recebeu um aporte de R$ 160 milhões do fundo de investimento canadense Ontario Teachers' Pension Plan (OTPP).

Com 50 milhões de visitas por mês, a Dafiti está investindo na otimização do checkout, para tornar mais rápido e simples o processo de aprovação de compras feitas com cartão de crédito. Além disso, introduziu um novo serviço de entrega de produtos, o frete grátis. De acordo com Malte Huffmann, sócio da empresa, essa modalidade representa hoje mais de 50% das operações de transporte.


Fonte: Valor Econômico

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