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Cérebro turbo: as pílulas da inteligência

Quem nunca se imaginou tomando uma pílula e em um passe de mágica se sentindo mais rápido no raciocínio, mais concentrado e inteligente? Essas pílulas existem, e estão há muitos anos no mercado.

Mas elas não foram desenvolvidas para pessoas saudáveis. Elas foram criadas para tratar problemas neurológicos e distúrbios de atenção. Há quem afirme que, quando utilizadas por pessoas saudáveis, podem turbinar o cérebro: intensificar a atenção, a concentração, a memória e o raciocínio.

Desde os primórdios da civilização, o ser humano faz uso de substâncias que prometem aumentar a capacidade cerebral. Foi assim com o tabaco, com a cafeína, com as anfetaminas, com a cocaína e atualmente com drogas como a sulbutiamina, o modofinil e metilfenidato.

Mas é importante que se saiba que quem toma remédios para turbinar o cérebro corre sérios riscos colaterais: problemas cardíacos, alucinações e dependência química. Além disso, a ciência ainda não conhece os efeitos de longo prazo dessas drogas.

Privação de sono x capacidade de raciocínio

Entre os principais efeitos desses estimulantes está a incrível capacidade de não dormir (passar madrugadas estudando ou trabalhando) sem se sentir cansado. É aí que podem estar escondidos os piores efeitos colaterais das anfetaminas. Em seu livro “Aumente o poder do seu cérebro”, John Medina afirma: “Durma bem, pense bem”. De acordo com a publicação, a provação do sono compromete o desempenho mental, prejudica o pensamento e causa danos à atenção, à função executiva, à memória imediata, à memória de trabalho, ao humor, ao raciocínio lógico e ao conhecimento geral de ciências exatas.

Cientistas afirmam que a falta de sono causa danos ao hipocampo, parte do cérebro que coordena a memória. A longo prazo, esses efeitos podem alterar a estrutura do cérebro, aumentar a ansiedade e prejudicar as atividades neurais a ponto de deixar a pessoa “menos inteligente”.

O neurologista Cláudio Carneiro afirma que, embora existam substâncias que gerem efeitos benéficos, não existem remédios milagrosos pra melhorar a memória. “Não existem fórmulas milagrosas. O esforço pessoal ainda é o melhor remédio para estimular a atividade cerebral e a memória”, explica.

Fonte: Revista + saúde
Enviada por J.C.

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