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Gigante do tabaco é condenada a pagar US$ 23 bilhões à viúva de fumante

Um tribunal do Estado da Flórida determinou que a companhia de cigarros R. J. Reynolds pague US$ 23,6 bilhões (equivalente a quase R$ 53 bilhões) como indenização à viúva de um fumante que morreu de câncer de pulmão, informou a Justiça. O veredicto, proferido na última sexta (18) e considerado um dos mais longos para uma única queixa na história da Flórida, também atribuiu mais de US$ 16 milhões em danos compensatórios ao espólio de Michael Johnson.

Durante o julgamento de quatro semanas, os advogados da viúva de Johnson, Cynthia Robinson, argumentaram que a gigante do tabaco foi negligente ao informar os consumidores sobre os riscos do tabagismo, o que levou Johnson a contrair câncer de pulmão por fumar cigarro.

Eles afirmaram que Johnson se tornou dependente de cigarros e fracassou nas várias tentativas que fez para parar de fumar. O júri do condado de Escambia chegou ao veredicto após 15 horas de deliberações.

"A RJ Reynolds assumiu um risco calculado ao fabricar cigarros e vendê-los a consumidores sem informá-los adequadamente sobre os perigos", declarou Willie Gary, advogado de Robinson, em um comunicado. "Como resultado de sua negligência, o marido da minha cliente sofreu de câncer de pulmão e acabou perdendo a vida", prosseguiu.

"Esperamos que este veredicto envie uma mensagem à R. J. Reynolds e outras grandes empresas de tabaco e que as force a parar de colocar a vida de pessoas inocentes em risco", acrescentou.

A R. J. Reynolds planeja apelar da decisão da corte e do veredicto, disse o vice-presidente e conselheiro assistente J. Jeffery Raborn.

O valor acordado foi "muito além do razoável e do justo", criticou em um comunicado publicado pela mídia local. A compensação é "grosseiramente excessiva e inadmissível sob leis estaduais e constitucionais", complementou.

Raborn ainda declarou que o veredicto do juri "é completamente inconsistente com a evidência", pensa em recorrer e confia que "a lei será cumprida."

Um dos advogados de Robinson, Christopher Chestnut, disse que "o júri queria enviar a mensagem de que o tabaco não pode continuar mentindo para os americanos." 


Fonte: Folha de S. Paulo
Enviada por JC

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