post image

Saiba o que evitar para combater a enxaqueca

Ao primeiro sinal de dor de cabeça, grande parte das pessoas busca solução indo à farmácia ou recorrendo à caixinha de remédio. O hábito - apesar de comum - pode ser extremamente nocivo, principalmente se a dor em questão for uma enxaqueca. "O problema da automedicação é que algumas classes de remédios, se tomadas em excesso, contribuem para que ocorra mais dor de cabeça, como se fosse um ciclo vicioso", explica o neurocirurgião do Grupo de Dor do Hospital Villa-Lobos, Joel Augusto Ribeiro Teixeira. Segundo ele, em alguns casos, o médico solicita que o paciente retire determinados medicamentos como parte do tratamento.

Doença bastante prevalente, a enxaqueca atinge, em média, 12% da população mundial. As mulheres são mais vulneráveis: a proporção é de 17% comparada com 6% de homens. É considerada pela OMS como a 19ª doença no ramo de patologias incapacitantes. Quanto às causas, ainda não é possível precisar o que provoca o distúrbio.

"Sabe-se que a enxaqueca tem conhecida influência genética, estando presente em pessoas da mesma família", detalha o especialista. Recentemente, pesquisadores americanos identificaram uma mutação genética que torna as pessoas mais suscetíveis à enfermidade.

A enxaqueca, normalmente, é caracterizada por surtos e apresenta-se como uma dor latejante de um ou dois lados da cabeça. A dor de cabeça, nesse caso, é apenas um dos sintomas. Sensibilidade à luz e sons, náuseas e vômitos também podem ocorrer paralelamente. Apesar de não possuir cura - por ser uma doença crônica - pode ser controlada com medicamentos prescritos pelo especialista, bem como por meio da identificação de alguns gatilhos.

"Alguns dos fatores agravantes que podem ser apontados são a irregularidade no sono, o consumo do álcool, alguns alimentos - que são diferentes de pessoa para pessoa - exposição à claridade e o estresse", enumera Teixeira. A alimentação entra na lista, pois alguns deles podem conter substâncias desencadeantes da enxaqueca. "Algumas pessoas possuem susceptibilidade ao consumo de certos alimentos, tais como o chocolate, o vinho, queijo, alimentos defumados, embutidos e conservas, mas não existe um padrão claro. Um alimento que uma pessoa identifique como agravante para causar a dor pode não ter nenhum efeito para outra pessoa", afirma. Segundo o médico, o mais importante é que a pessoa identifique esses gatilhos e os evite, sempre que possível.


Fonte: Ecco Press

Compartilhar

Permito o uso de cookies para: