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Cinco doses de álcool por semana já afetam fertilidade masculina

O consumo de bebida alcoólica, mesmo moderado (cinco doses por semana), pode prejudicar a qualidade do esperma de homens jovens e saudáveis, aponta um novo estudo. E, segundo a pesquisa, o prejuízo aumenta quanto maior a quantidade de álcool ingerida.

A qualidade do esperma de um homem está ligada à proporção de espermatozoides de tamanho e formato normais identificados em uma amostra de sêmen. Quanto maior essa proporção, melhor a sua qualidade. 

O novo estudo, feito na Universidade do Sul da Dinamarca, se baseou nos dados de cerca de 1 200 homens saudáveis de 18 a 28 anos que prestaram serviço militar no país e que, por isso, passaram por exames médicos ao longo de quatro anos. Durante esse tempo, eles também fizeram entrevistas nas quais deveriam relatar seu consumo de álcool e tiveram amostras de sêmen analisadas.

Impactos — Em média, os participantes consumiam onze doses de álcool por semana. Os pesquisadores descobriram que a quantidade de bebida ingerida na semana anterior à avaliação médica interferiu na qualidade do esperma dos homens. O fato de essa quantidade de álcool ter sido ingerida ao longo dos sete dias ou de uma só vez, no entanto, não influenciou os resultados. 

Os prejuízos foram observados em homens que consumiam pelo menos cinco doses de álcool por semana, mas foram mais significativos entre aqueles que ingeriam semanalmente 25 doses ou mais. Homens que consumiam mais de 40 doses de álcool por semana tinham 51% menos espermatozoides de tamanho e formato normais em uma amostra de sêmen do que aqueles que bebiam até cinco doses por semana. Esses participantes também apresentaram uma contagem de esperma 33% menor.

“Os homens devem ser advertidos de que o consumo habitual de bebida alcoólica pode não só afetar a saúde em geral, mas também o seu sistema reprodutivo”, escrevem os autores no artigo, que foi publicado nesta quinta-feira no BMJ Open.

Como prevenir a queda na qualidade do sêmen

Especialistas indicam hábitos saudáveis que, além de fazerem bem para a saúde de forma geral, ajudam a evitar danos à qualidade dos espermatozoides.

Atividade física

A obesidade e o sedentarismo colaboram para o desequilibro hormonal, que prejudica a formação dos gametas. São recomendados pelo menos 30 minutos de atividades, três vezes por semana

Parar de fumar

As substâncias tóxicas presentes no cigarro também afetam a produção de espermatozoides. Deixar de lado esse hábito é um passo importante para a melhora da saúde e qualidade de vida, e muitas vezes pode ser necessária ajuda médica para atingir esse objetivo.

Reduzir o consumo de álcool

Não há uma medida certa para consumir álcool, mas os especialistas recomendam uma redução para a menor quantidade possível.

Evitar o stress

A modernidade e, especialmente a vida nas grandes cidades, cria essa cultura de que “tudo é para ontem”. O stress também é responsável pelo desequilíbrio hormonal, e deve ser evitado. A atividade física pode ser um meio de diminuir a carga de stress, além de atividades de relaxamento, como a yoga.

Dormir melhor

O sono é essencial para regular o bom funcionamento do organismo. Apesar da quantidade ideal variar de acordo com cada pessoa, a recomendação básica é de oito horas diárias de sono. Desligar o celular durante a noite, se possível, pode ajudar a ter um sono mais tranquilo.

Alimentação balanceada

Uma alimentação rica em todos os nutrientes necessários para o organismo ajuda a evitar uma série de doenças, que podem prejudicar a qualidade do sêmen.  As vitaminas e os nutrientes mais relacionados à produção e espermatozoides são: vitamina A, C, E zinco e ômega 3.

Fonte: Veja

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