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Idosos são mais suscetíveis à desnutrição e intoxicações alimentares

Comer bem é fundamental para envelhecer de forma saudável. Apesar de fazer exercícios para manter cérebro e organismo funcionamento bem, a suscetibilidade a doenças relacionadas à alimentação aumenta com o passar dos anos. Pequenos cuidados na higienização e armazenamento dos alimentos são relevantes na terceira idade.

"Intoxicações são muito comuns em idosos. O problema é que sintomas como náuseas, vômitos e diarreias causam maior desgaste e é mais grave neles", explica a nutricionista Melissa Rosa, especialista em envelhecimento.

A segurança alimentar dos idosos chama a atenção porque, com a idade, acontece a perda da sensibilidade das papilas gustativas. Os mais velhos não sentem o sabor da mesma forma como os mais jovens e, por isso, podem se alimentar com menos frequência e qualidade.

"Alguns colocam mais sal na comida, elevando a pressão arterial e causando outros problemas de saúde. Outros sofrem de hipertensão, não colocam sal e ficam sem vontade de comer porque não há o mesmo prazer no sabor", comenta Melissa.

É preciso, portanto, ficar atento a alguns sinais para garantir a segurança alimentar dos idosos. A perda de peso é o principal sintoma, mas nem sempre levado em conta. Um estudo realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público de São Paulo indicou que os idosos têm 3,7 vezes mais risco de desnutrição do que pacientes adultos e a recuperação é muito mais difícil nessa fase.

"Além disso, há medicamentos que diminuem o apetite. Nesse caso, é preciso conversar com o médico que receitou e consultar um especialista que possa rever e acompanhar a dieta para manter a medicação e melhorar a absorção de nutrientes".

A segurança alimentar também entra em estado de alerta na hora de higienizar os alimentos. Mais suscetíveis à intoxicações, legumes e frutas disponíveis aos idosos devem ser colocados, por no mínimo dez minutos, numa solução clorada - a cada litro de água, uma colher de sopa de água sanitária deve ser inserida.

A concentração de alimentos depois de prontos também deve ser prioridade. Fora da geladeira, os produtos podem ficar, no máximo, uma hora. Na geladeira, não devem passar mais do que três dias. Todos guardados em potes com tampa, nunca na própria panela.

"Algumas pessoas mais velhas têm o hábito de guardar comida no forno. Isso também é arriscado, pois expõe os alimentos a situações bastante adversas. A consequência é a intoxicação", diz Melissa

O declínio da massa muscular, com perda da força muscular, é comum com o envelhecimento e piora com o sedentarismo. A nutricionista aponta que a perda é menor se 30 minutos por dia forem dedicados a exercícios físicos.

"Os idosos precisam comer mais proteínas do que as pessoas mais jovens. O ideal é que sejam consumidor de 1,2 a 1,5 gramas de proteína por cada quilo de peso. Uma boa avaliação vai dizer o quanto de proteína deve ser consumida por dia, mas, por exemplo, um idoso com 60 quilos deve ingerir cerca 72 gramas de proteína diariamente, o equivalente a três copos de 200ml de leite semidesnatado, 200 gramas de carne bovina e uma concha de feijão ou lentilha. É preciso ficar atento à quantidade, pois o excesso de proteína nos idosos pode sobrecarregar os rins".

Há alguns sinais que indicam que é preciso ficar de olho na alimentação dos idosos para garantir a segurança da saúde deles:

1. Perda de peso repentina

2. Diminuição da vontade de comer

3. Isolamento social. Comer sozinho, segundo a nutricionista, pode interferir na qualidade da alimentação dos idosos.

4. Falta de hábito de higienizar os alimentos e de manter em locais apropriados.

5. Dificuldade de mastigar e engolir

Fonte: Zero Hora

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