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Correr em excesso pode ser tão prejudicial quanto não praticar exercícios, diz estudo

Quando o assunto é corrida, a ideia de que "menos é mais" pode ser extremamente útil. Segundo um relatório publicado no "Journal of the American College of Cardiology", a prática do esporte em excesso pode ser tão prejudicial quanto o sedentarismo.

Para chegar ao resultado, os cientistas estudaram mais de mil corredores e não-corredores saudáveis ao longo de 12 anos. Aqueles que corriam em ritmo constante durante menos de duas horas e meio por semana apresentavam menos riscos de morte naquele momento. Por outro lado, quem corria mais de quatro horas por semana ou não fazia exercício apresentava as maiores taxas de mortalidade.

Ao analisarem questionários preenchidos pelos participantes da pesquisa, os cientistas chegaram a um ritmo ideal para a prática do esporte: a velocidade deve ser de 8 quilômetros por hora, com uma frequência de, no máximo, três vezes por semana, somando duas horas e meia semanais de exercício.

Os cientistas ponderaram que ainda não estão certos sobre o que está por trás dessa tendência. Mas eles dizem que alterações no coração durante o exercício extremo poderiam contribuir para o aumento dos riscos. 

Eles também sugerem que, a longo prazo, o exercício excessivo pode induzir a uma remodelação estrutural patológica do coração e das artérias.

A enfermeira cardíaca sênior da Fundação Britânica do Coração, Maureen Talbot, disse à "BBC" que o estudo é uma evidência de como não é preciso correr maratonas para manter seu coração saudável:

- A corrida leve e moderada foi vista como algo mais benéfico do que estar inativo ou empreendendo esforços numa corrida extenuante.

Fonte:  Globo

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