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Fiscalização revela sucateamento em unidades de saúde

Dados da fiscalização realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no segundo semestre de 2014, divulgados ontem, mostram uma situação de severo sucateamento em ambulatórios e unidades médicas públicas e básicas do país. De 952 locais inspecionados, em um universo de 40 mil postos, uma em cada quatro unidades de saúde não tem salas de descarte ou esterilização de materiais utilizados pelos médicos. Em 23% dos locais não havia toalhas de papel; outros 21% não contavam com sabonete líquido e em 6% das unidades sequer havia pia para o médico lavar as mãos após a consulta.

De 305 estabelecimentos visitados que deveriam oferecer tratamento emergencial, em 29% deles faltavam seringas, agulhas ou equipamentos para aplicações endovenosas. Equipamentos com algum grau de sofisticação viraram raridade: em 74% destes locais não há desfibrilador para atender pacientes com paradas cardíacas.

Falta de conservação, higiene, privacidade nas consultas e acessibilidade foram problemas verificados na fiscalização. Em 11% das 952 unidades faltava material para curativos e retirada de pontos. Em 15% dos consultórios, não era possível garantir a confidencialidade da consulta e em 22% não havia sala de espera. Em 4% dos consultórios ginecológicos não há nem sanitários. Em 4% dos locais, não havia sequer consultório médico.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que desenvolve há quatro anos um programa para construção e melhoria de unidades básicas de saúde (UBS). "Desde 2011, quando o programa foi criado, o governo federal já liberou mais de R$ 5 bilhões para que os municípios pudessem construir ou aperfeiçoar 26 mil UBS em todos os Estados brasileiros. Dessas, há 24.935 obras em execução, das quais 22.782 estão em andamento ou já foram concluídas. Outras 14 mil unidades entrarão em obras nos próximos anos", diz a nota.

Fonte: Valor Econômico
Enviada por JC

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